sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ato Falho

Eu sou uma bagunça;
Um distúrbio nato;
Quase tudo que digo é específico;
e do específico nasce tudo que faço.

Eu sou uma evolução;
de tudo aquilo q não é são;
sou então um ato falho;
daqueles que virão em frangalhos.

Sou assim algo híbrido;
perdido, as vezes encurralado;
e mesmo quase erradicado;
participo da existência humana.

Sofrida existência a qual se fecha;
e enfim imersa em duvidas;
tão qual respostas;

talvez nunca iremos encontrar.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Fato

É fato que o fato de fato;
se torna muitas vezes inevitável;
e em sua austera inibição serena;
se molda vil a impressão do tato.

Sua lógica difundida vive;
percorre assim o ancião limite;
de tal treva em seu limiar.

E com desonra perpétua teve;
dentre ocasiões que me veem mostrar;
e quando se simula idas e vindas;
sente-se em sua raiz torta;
a abundância de negras flores a brotar.

Vemos então a particularidade sombria;
que de onde ronda a ousadia;

de fato que o fato assim está.

O Morto

Distintos são em sua suposição;
inomináveis perpétuos em frieza;
cuja desconhecida natureza;
torna-se obra de exposição.

posto, tocado e esvaziado;
segue-se lá parado;
apenas para uso da compreensão.

Moribundo sempre banhado;
em líquido não regado;
mantendo assim seu corpo "são".

Manifestos automáticos são abstratos;
pois o homem ali prostrado;
não reclama e não se move;

apenas obedece a lei do mundo cão.